quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Parte 4: Sobre as Obras "Espíritas" ?

Os defensores da hipótese de que Espíritos tenham se exilado na Terra são numerosos, invariavelmente todos não têm o menor conhecimento de Astronomia e de Química. Os livros publicados a respeito exploram a fantasia das pessoas, ou são obras de ficção ou são obras do tipo "realismo fantástico" no mais puro estilo de "Eram os Deuses Astronautas?". Logo abaixo mostramos alguns dos livros muito citados pelos espíritas brasileiros que defendem a idéia sustentada inicialmente por Emmanuel.





Uma simples leitura da Introdução e o primeiro capítulo do livro "A Gênese" considero suficiente para rejeitar qualquer obra que posicione numa carta celeste qualquer planeta como sendo o berço de Espíritos que tenham se exilado na Terra.



Os mesmos escrupulos havendo presidido a redação das nossas outras obras, pudemos, com toda verdade, dizê-las: segundo o Espiritismo, porque estávamos certos da conformidade delas com o ensino geral dos Espíritos. O mesmo sucede com esta (referindo ao livro A Gênese), que podemos, por motivos semelhantes, apresentar como complemento das que a precederam, com exceção, todavia, de algumas teorias ainda hipotéticas, que tivemos o cuidado de indicar como tais e que devem ser consideradas simples opiniões pessoais. Enquanto não forem confirmadas ou contraditadas, a fim de que não pese sobre a doutrina a responsabilidade delas.

Meus diletos amigos e simpatizantes do Espiritismo, é preciso ter muito cuidado quando se trata de defender essa ou aquela idéia como sendo Espírita. Kardec foi cuidadoso e desconsiderou, da Revista Espírita,

muitas informações que não passavam de concepções dos Espíritos comunicantes, como também desvaneios dos médiuns. Coisas como "A Vida no planeta Júpiter", "A Casa de Mozart", entre outras, foram deixadas de lado - não passaram na apreciação lógica e racional do grupo responsável pelo exame das mensagens. Por exemplo, eles não tinham como comprovar a existência de vida nos planetas citados. Então porque, agora, podemos assegurar que tenha existido ou que ainda exista uma civilização humana num planeta orbitando Capella. Por acaso existe algum planeta rochoso gravitando em torno de Capella? Quem descobriu os planetas capelinos?




Aliás, os leitores assíduos da Revue hão tido ensejo de notar, sem dúvida, em forma de esboços, a maioria das idéias desenvolvidas aqui nesta obra (O Livro A Gênese), conforme o fizemos, com relação às anteriores. A Revue, muita vez, REPRESENTA PARA NÓS UM TERRENO DE ENSAIO, destinado a SONDAR A OPINIÃO DOS HOMENS e dos ESPÍRITOS sobre alguns princípios, antes de os admitir como partes constitutivas da doutrina.

Não há nada a acrescentar.


Não é exatamente o que pode se esperar das obras ilustradas acima. Os assuntos tratados em “La Revista Espírita” não deixam qualquer dúvida sobre sua qualidade duvidosa. Nenhuma delas tem qualquer compromisso com os critérios aplicados por Kardec na Codificação Espírita: faltam a Universalidade e a aprovação da lógica e do bom senso.

A Saga dos Capelinos é uma obra de ficção adotada por alguns espíritas para "provar" a hipótese de Emmanuel.

Planetas Capelinos ou planetas de um jogo de video game?


















Os defensores de “Os Exilados de Capella” em sua totalidade não agem como bons juízes uma vez que opinam sobre coisas que não são de sua competência. Diz Kardec: “Se quereis construir uma casa, procurais um músico? Se estivésseis doente vos faríeis cuidar por um arquiteto? Se tivésseis um processo, procuraríeis a opinião de um dançarino? Enfim, se se trata de uma questão de teologia, a fareis resolver por um químico ou por um astrônomo? Não; cada um em seu trabalho. As ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria que se pode manipular à vontade, e os fenômenos que ela produz têm por agentes as forças materiais.” Uma crença verdadeiramente espírita apóia-se sobre o raciocínio e sobre os fatos. E os fatos depõem contra a hipótese de que alguns Espíritos tenham vindo se exilar na Terra, vindos de Capella


Um grande número de obras, publicadas com o rótulo Espírita não o são de fato, uma vez que em momento algum foram avaliadas e comparadas com a Codificação Kardeciana, ou submetidas a mais estrita lógica. O que dizer de uma obra que se apresenta como sendo inspirada pelo Espírito Erasto, mas que não passa de um arremedo para encobrir uma teoria defendida há tempos no gênero mais escabroso de “Eram os Deuses Astronautas?”.


SOBRE A REVELAÇÃO




"A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a VERDADE. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por conseqüência, NÃO EXISTE REVELAÇÃO. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dEle: deve ser considerada produto de uma concepção humana."


(Allan Kardec in A GÊNESE, cap. I, item 3, Caracteres da Revelação Espírita)

Erasto, em O Livro dos Médiuns, chama a atenção dos dirigentes de grupos, centros e instituições espíritas, para que sejam cautelosos, vigilantes, estudiosos e que tenham senso apurado e sagacidade acentuada, para poderem agir com discernimento quanto a escolha das comunicações autênticas, mas, sobretudo para tratar respeitosamente os que se deixam iludir, uma vez que, têm a responsabilidade de esclarecer ao mesmo tempo consolar:

“Na dúvida, abstém-te, diz um sábio provérbio antigo. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência negável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a sempre pelo crivo da razão e da lógica. O que o bom-senso e a razão reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.” (LM, parte II – cap. XX: 30).

A missão dos espíritas fica claramente definida quando Erasto afirma: “... cuidado, porque entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho e buscai a verdade”. (LM – parte II – cap. XX: 04)

Acrescentamos ainda alguns esclarecimentos dados por Kardec com base em uma comunicação obtida a respeito do caminho a ser trilhado até que a doutrina espírita conquiste sua maturidade: “Os espíritas esclarecidos devem se felicitar com o fato de as falsas e contraditórias idéias se revelarem neste período inicial, pois que são combatidas, arruínam-se e se esgotam no decorrer da infância do Espiritismo. Uma vez purgado de quanto haja de indesejável, ele cintilará com um brilho mais vivo e caminhará com um passo mais firme até que tenha alcançado o seu pleno desenvolvimento.” Mais adiante ele acrescenta: “... dessas dissidências, basta observar o quanto se passa. Em que se apóiam elas? Em opiniões individuais que podem reunir algumas pessoas, pois não há idéia, por mais absurda que seja, que não encontre participante.”

“De resto o erro leva consigo, quase sempre, o seu remédio. E o seu reino, por outro lado nunca é eterno. Cedo ou tarde, enceguecido por uns poucos sucessos efêmeros, faz-se vítima de uma espécie de vertigem e curva-se ante as aberrações que precipitam sua queda. Deplorais as excentricidades de certos escritos publicados sob a cobertura do Espiritismo. Pelo contrário, devereis abençoá-los, uma vez que é por esses excessos mesmos que o erro se perde. O que é que vos choca nesses escritos? O que é que vos ocasiona repulsa e, muitas vezes, vos impede de lê-los até o fim? Exatamente o que fere, violentamente, o vosso bom senso! Se a falsidade das idéias não fosse bastante evidente, bastante chocante, talvez elas mesmas vos deixaríeis prender, enquanto que os erros tão manifestos , ferindo-vos constituíram-se em contravenenos.” (Viagem Espírita em 1862)

Por que nos preocuparmos com os erros?

Segundo Kardec, esses erros provêm quase sempre de Espíritos levianos – podendo, portanto existir algumas raras exceções. Ele adverte que entre eles se encontram os pseudo sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enleiar a ponto de fazê-los aceitar de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade em meio ao joio – fato comum, principalmente entre os médiuns neófitos. Não nos esqueçamos que o livro “A Caminho da Luz” foi escrito em 1938, quando o médium ainda era inexperiente e não contava com a supervisão segura de críticos tal como aconteceu com a Codificação Espírita.

O Codificador faz ainda uma observação de estrema relevância: “Isso me leva a dizer algumas palavras sobre as comunicações mediúnicas. A sua publicação tanto pode ser útil, se feita com discernimento, quanto perniciosa, em caso contrário. ”Quando um Espírito apresenta um ditado isolado e que não tem como se verificado imediatamente pela ciência ou pela racionalidade da prova é preciso que se tome um cuidado especial: “Não haveria nenhum inconveniente em publicar-se essas espécies de comunicações , se as fizessem acompanhar de comentários, seja para refutar os erros, seja para lembrar que constituem a expressão de uma opinião individual, da qual não se assume absolutamente a responsabilidade. Assim, talvez revelasses um lado instrutivo, pondo a descoberto a que aberrações de idéias podem se entregar certos Espíritos. Mas publicá-las pura e simplesmente, apresentá-las como expressão da verdade e garantir a autenticidade das assinaturas, que o bom senso não pode admitir, nisso está o inconveniente!” Não há como contestar Kardec em suas judiciosas, precisas e cuidadosas observações, trata-se da pedra de toque que sempre foi desprezada no primeiro alinhamento do Espiritismo à brasileira, o que se identifica mais com o catolicismo, a ponto de reeditar a infalibilidade de médiuns e de espíritos que tenham se consagrado por seus feitos. Mais uma vez recorremos ao nosso referencial maior: “No interesse da doutrina convém, pois, fazer uma escolha muito severa em semelhantes casos e pôr de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma ruim impressão ...” e, mais ainda: “O Espiritismo sério se faz patrono, com alegria e apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o país de onde provém, mas que igualmente, repudia todas as publicações excêntricas . Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a doutrina não seja comprometida, devem, pois, sem hesitação, denunciá-las, tanto mais porque, se algumas delas são produto da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios inimigos do Espiritismo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ele. Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a doutrina espírita aceita daquilo que ela repudia.” (Viagem Espírita em 1862)

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2 comentários:

Anônimo disse...

BOA NOITE !!!
MUITA LUZ EM SEU CAMINHO.
EU ME CHAMO ANDRÉ, TENHO 31 ANOS, TENHO APENAS O ENSINO MEDIO COMPLETO, PORTANTO NÃO SOU PROFESSOR, DOUTOR, MESTRE..
NO ENTANTO EU DISCORDO DO QUE EU LI ATÉ AGORA NO QUE SE REFERE A NÃO EXISTENCIA DE FORMAS DE VIDAS ORGANICAS, FORA DA ASSIM CHAMADA ZONA HABITAVEL.
TODO O MEU CONHECIMENT NO QUE SE REFERE A ISSO VEM DAS OBRAS ESPÍRITAS, ESPÍRITUALIS, ENTRE OUTARS DO GENERO.
TAMBEM DISCORDO DA DUVIDA DA AUTORIA E DA CAPACIDADE DE ACERTO DOS MEDIUNS CITADOS.
VOC~E CITA AS OBRAS ESPÍRITAS COMO PEDRA DE TOQUE E NO ENTANDO SE RECUSA A ACREDITARR, NO QUE KARDEC PUBLICOU NA REVISTA ESPÍRITA, SEGUINDO POR ESSE CAMINHO, NÃO ACREDITO QUE O IRMÃO QUEIRA "ARGUMENTOS SERIOS E BEM FUNDAMENTADOS E BEM FIRMADOS" E SIM A OPORTUNIDADE DE DEBATER SEUS ATUAIS CONHECIMENTOS, COM OUTROS IGUAIS OU MAIORES, COMO VOCE SE BASEA NA CIÊNCIA, PARA DESDIZER COM MUITOS CONHECIMENTOS SEU PONTO DE VISTA, EU TAMBEM LEIO OUTRAS OBRAS, ACREDITO ENCONTRAR A VERDADE DENTRO E FORA DO ESPÍRITISMO, ACREDITO QUE PARA TER OS REQUISITOS QUE PEDE PARA ARGUMENTAR TERIAMOS QUE NOS TORNAT PROFESSORES, DOUTORES, MESTRES...,
ASSIM SENDO COMO NEM TODOS NOS PODEMOS, QUEREMOS, OU DEVEMOS NOS DEDICAR AS MESMAS COISAS, EU PREFIRO ACREDITAR NO QUE EU PENSO E SINTO A RESPEITO DA OPNIÃO DE HAVER VIDA SIM NOS PLANETAS CITADOS, BEM COMO NOS EXPURGOS COLETIVOS, INCLUSIVE O DE CAPELA, DADA POR ESSES ESPÍRITOS CONHECIDOS, E OUTROS, CONCORDANDO COM ELES.
ALEM DE KARDEC, LEIA RAMATIS, HILARIÃO DE MONTE NEBO, ALBERT PAUL DAHOUI, ENTRE OUTROS, SÃO BOAS SUGESTÕES DE LEITURA, SEGUNDO MINHA OPINIÃO.
DO SEU IRMÃO NA ETERNIDADE ANDRÉ.

Anônimo disse...

Boa tarde !!!

que deus, cristo e os espíritos de luzes te iluminem.
eu mantenho a minha opnião da anteriormente.
Na minha opnião estai tomando a tua interpretação de kardec,e os limitadissimos conhecimentos cientificos, atuais, da terra como base para a verade universal.
Não sou piscologo.pidiquiatra..., mas não seria o caso de estarmos negando concientemente, o que sabemos ser verdade inconsientemente, pois temos culpa no cartorio ?